Vou deixar o ABC de lado para falar da conquista da Copa do Mundo de 1994, certamente a primeira Copa que eu acompanhei como torcedor. A Copa do Tetra.
A Copa do Mundo realizada nos Estados Unidos completa 15 anos e alguns detalhes ainda estão muito vivos na minha memória, lembro como se fosse hoje de todos os 7 jogos que a Seleção da Brasileira de Futebol fez naquele mundial. Vamos relembrar de alguns detalhes daquela Copa:
Os 22 jogadores campeões com numeração:
1 – Taffarel.
2 – Jorginho.
3 – Ricardo Rocha.
4 – Ronaldão.
5 – Mauro Silva.
6 – Branco – 1 gol.
7 – Bebeto – 3 gols.
8 – Dunga.
9 – Zinho.
10 – Raí – 1 gol.
11 – Romário – 5 gols.
12 – Zetti.
13 – Aldair.
14 – Cafu.
15 – Marcio Santos – 1 gol.
16 – Leonardo.
17 – Mazinho.
18 – Paulo Sérgio.
19 – Muller.
20 – Ronaldo.
21 – Viola.
22 – Gilmar.
Detalhe 1: Mozer e Ricardo Gomes foram cortados da relação por contusão. Mozer se apresentou na Granja Comari já contundido e Ricardo Gomes se contundiu nos EUA. Márcio Santos e Ronaldão foram convocados para o lugar dos dois.
Detalhe 2: Ricardo Rocha era zagueiro titular da Seleção, sofreu estiramento muscular na estréia contra a Russia e não jogou mais até o final da competição.
Detalhe 3: Leonardo foi expulso contra os Estados Unidos nas oitavas de final e foi suspenso por 4 jogos. Não jogou mais na Copa e teve que cumprir mais um jogo de suspensão na Copa America de 1995 realizada no Uruguai.
Detalhe 4: A Copa de 1994 foi a ultima com 24 Seleções, a partir do Mundial da França em 1998 aumentou-se o numero de Seleções para 32.
Detalhe 5: Raí foi o capitão escolhido no inicio da Copa, mas com o seu fraco futebol ele foi para o banco. Dunga herdou a tarja de capitão e entrou para a historia.
Jogos:
1ª Fase:
Brasil 2 x 0 Rússia – Romário e Raí.
Brasil 3 x 0 Camarões – Romário, Marcio Santos e Bebeto.
Brasil 1 x 1 Suecia – Romário.
8ª de Final
Brasil 1 x 0 EUA – Bebeto.
4ª de Final
Brasil 3 x 2 Holanda – Romário, Bebeto e Branco.
Semifinal
Brasil 1 x 0 Suécia – Romário.
Final
Brasil 0 x 0 Itália
Disputa por Pênaltis
Brasil 3 x 2 Itália – Márcio Santo(perdeu), Romário, Branco e Dunga.
Eu com quase 12 anos registrei aquela Copa como se fosse a ultima, aquele clima triste que perdurava desde a eliminação em 1982 ganhava mais força quando lembrávamos que o Brasil não chegava a uma decisão de Copa desde 1970.
As mesas redondas eram verdadeiros pelotões de fuzilamento, que cumpriam uma sentença histórica. Os ataques a Parreira e Zagalo eram cruéis, como se eles fossem responsáveis por todo esse período de fila que Seleção Brasileira passou sem vencer mundiais. A dupla que comandou aquele grupo foi realmente especial, por muito menos outros técnicos perderam o controle da Canarinha. Foram leões, seguraram o rojão e mostraram para o Brasil que nem sempre se vence com talento, contrariando os filósofos do futebol nacional.
Para muitos a vitoria de 94 sepultou o futebol arte no Brasil, para mim criou a verdadeira cultura do futebol moderno por essas bandas. A partir daí não foi mais permitido a futebolistas Brasileiros jogar com as mãos na cintura, foi a consagração do futebol participativo.
O Brasil era o ultimo foco do dito futebol apenas romântico, que é bonito de se ver, mas não vence. Com a vitoria Brasileira em 1994 virou-se uma pagina da historia, onde ídolos do passado ficaram no passado, foi aí que o futebol perdeu a inocência.
Alguns de você podem estar achando que eu lamento por isso, muito pelo contrario, o Brasil estava começando a readquirir aquele complexo de vira-lata e a vitoria mostrou exatamente o contrario.
O Brasil naquele mundial deu muita sorte, apesar das contusões na defesa, durante a competição nenhuma mudança drástica na equipe foi exigida. A dupla de zaga, Aldair e Márcio Santos, formada durante a Copa e os volantes, Dunga, Mauro Silva e Zinho, foram responsáveis pela defesa menos vazada da competição, foram apenas 3 gols. Certamente a melhor defesa Brasileira de todas as Copas.
Bebeto e Romário cumpriram seu papel durante todos os jogos e levaram uma seleção honesta a uma vitoria memorável. Pelo menos para mim. O certo é que se um dos dois tivessem se machucado com gravidade durante a competição dificilmente Muller, Viola e Ronaldo com 18 anos, teriam cancha para substituí-los.
O contestado Zinho cumpriu um papel importantíssimo, apesar de ter sido apelidado de enceradeira. Ele recebia a bola e a segurava no ataque dando tempo que o lento sistema de meio campo compactasse e atacasse junto com os atacantes. Sem ele seria um bate e volta desgraçado, já que Raí não jogou nada naquele Mundial e foi substituído por Mazinho no até a final.
A final foi um capitulo a parte, a primeira decidida nos pênaltis. Foi uma decisão cheia de emoções, principalmente por que o Brasil atacou bastante e a Itália contra-atacava com bastante perigo. Itália que literalmente havia ressurgido das cinzas, meio time Italiano se machucou durante a Copa e destaques como Baresi e Baggio, que jogaram a final, sofreram intervenções cirúrgicas.
A decisão por pênaltis foi cruel, principalmente para os Italianos, ainda bem. Chorei, pulei e vibrei, comemorei apesar do nariz torcido de alguns antigos, vi surgir uma geração vitoriosa para o futebol Brasileiro, nem sempre com bom futebol, mas com muita garra.
E a receita é essa, não se ganha nada com firula.
A Copa do Mundo realizada nos Estados Unidos completa 15 anos e alguns detalhes ainda estão muito vivos na minha memória, lembro como se fosse hoje de todos os 7 jogos que a Seleção da Brasileira de Futebol fez naquele mundial. Vamos relembrar de alguns detalhes daquela Copa:
Os 22 jogadores campeões com numeração:
1 – Taffarel.
2 – Jorginho.
3 – Ricardo Rocha.
4 – Ronaldão.
5 – Mauro Silva.
6 – Branco – 1 gol.
7 – Bebeto – 3 gols.
8 – Dunga.
9 – Zinho.
10 – Raí – 1 gol.
11 – Romário – 5 gols.
12 – Zetti.
13 – Aldair.
14 – Cafu.
15 – Marcio Santos – 1 gol.
16 – Leonardo.
17 – Mazinho.
18 – Paulo Sérgio.
19 – Muller.
20 – Ronaldo.
21 – Viola.
22 – Gilmar.
Detalhe 1: Mozer e Ricardo Gomes foram cortados da relação por contusão. Mozer se apresentou na Granja Comari já contundido e Ricardo Gomes se contundiu nos EUA. Márcio Santos e Ronaldão foram convocados para o lugar dos dois.
Detalhe 2: Ricardo Rocha era zagueiro titular da Seleção, sofreu estiramento muscular na estréia contra a Russia e não jogou mais até o final da competição.
Detalhe 3: Leonardo foi expulso contra os Estados Unidos nas oitavas de final e foi suspenso por 4 jogos. Não jogou mais na Copa e teve que cumprir mais um jogo de suspensão na Copa America de 1995 realizada no Uruguai.
Detalhe 4: A Copa de 1994 foi a ultima com 24 Seleções, a partir do Mundial da França em 1998 aumentou-se o numero de Seleções para 32.
Detalhe 5: Raí foi o capitão escolhido no inicio da Copa, mas com o seu fraco futebol ele foi para o banco. Dunga herdou a tarja de capitão e entrou para a historia.
Jogos:
1ª Fase:
Brasil 2 x 0 Rússia – Romário e Raí.
Brasil 3 x 0 Camarões – Romário, Marcio Santos e Bebeto.
Brasil 1 x 1 Suecia – Romário.
8ª de Final
Brasil 1 x 0 EUA – Bebeto.
4ª de Final
Brasil 3 x 2 Holanda – Romário, Bebeto e Branco.
Semifinal
Brasil 1 x 0 Suécia – Romário.
Final
Brasil 0 x 0 Itália
Disputa por Pênaltis
Brasil 3 x 2 Itália – Márcio Santo(perdeu), Romário, Branco e Dunga.
Eu com quase 12 anos registrei aquela Copa como se fosse a ultima, aquele clima triste que perdurava desde a eliminação em 1982 ganhava mais força quando lembrávamos que o Brasil não chegava a uma decisão de Copa desde 1970.
As mesas redondas eram verdadeiros pelotões de fuzilamento, que cumpriam uma sentença histórica. Os ataques a Parreira e Zagalo eram cruéis, como se eles fossem responsáveis por todo esse período de fila que Seleção Brasileira passou sem vencer mundiais. A dupla que comandou aquele grupo foi realmente especial, por muito menos outros técnicos perderam o controle da Canarinha. Foram leões, seguraram o rojão e mostraram para o Brasil que nem sempre se vence com talento, contrariando os filósofos do futebol nacional.
Para muitos a vitoria de 94 sepultou o futebol arte no Brasil, para mim criou a verdadeira cultura do futebol moderno por essas bandas. A partir daí não foi mais permitido a futebolistas Brasileiros jogar com as mãos na cintura, foi a consagração do futebol participativo.
O Brasil era o ultimo foco do dito futebol apenas romântico, que é bonito de se ver, mas não vence. Com a vitoria Brasileira em 1994 virou-se uma pagina da historia, onde ídolos do passado ficaram no passado, foi aí que o futebol perdeu a inocência.
Alguns de você podem estar achando que eu lamento por isso, muito pelo contrario, o Brasil estava começando a readquirir aquele complexo de vira-lata e a vitoria mostrou exatamente o contrario.
O Brasil naquele mundial deu muita sorte, apesar das contusões na defesa, durante a competição nenhuma mudança drástica na equipe foi exigida. A dupla de zaga, Aldair e Márcio Santos, formada durante a Copa e os volantes, Dunga, Mauro Silva e Zinho, foram responsáveis pela defesa menos vazada da competição, foram apenas 3 gols. Certamente a melhor defesa Brasileira de todas as Copas.
Bebeto e Romário cumpriram seu papel durante todos os jogos e levaram uma seleção honesta a uma vitoria memorável. Pelo menos para mim. O certo é que se um dos dois tivessem se machucado com gravidade durante a competição dificilmente Muller, Viola e Ronaldo com 18 anos, teriam cancha para substituí-los.
O contestado Zinho cumpriu um papel importantíssimo, apesar de ter sido apelidado de enceradeira. Ele recebia a bola e a segurava no ataque dando tempo que o lento sistema de meio campo compactasse e atacasse junto com os atacantes. Sem ele seria um bate e volta desgraçado, já que Raí não jogou nada naquele Mundial e foi substituído por Mazinho no até a final.
A final foi um capitulo a parte, a primeira decidida nos pênaltis. Foi uma decisão cheia de emoções, principalmente por que o Brasil atacou bastante e a Itália contra-atacava com bastante perigo. Itália que literalmente havia ressurgido das cinzas, meio time Italiano se machucou durante a Copa e destaques como Baresi e Baggio, que jogaram a final, sofreram intervenções cirúrgicas.
A decisão por pênaltis foi cruel, principalmente para os Italianos, ainda bem. Chorei, pulei e vibrei, comemorei apesar do nariz torcido de alguns antigos, vi surgir uma geração vitoriosa para o futebol Brasileiro, nem sempre com bom futebol, mas com muita garra.
E a receita é essa, não se ganha nada com firula.
0 comentários:
Postar um comentário