domingo, 21 de junho de 2009

Déjà vu e dois detalhes

O ABC perdeu hoje por 1 a 0 o clássico para o América, gol de Sandro Hiroshi.

Não sei se os leitores do blog concordam comigo, mas fiquei com uma sensação de déjà vu. Mais uma vez o América vence o ABC com menos volume de jogo, da mesma maneira que no jogo América 2 x 1 ABC do Estadual 2009.

O confronto tinha tudo para ser do ABC e apenas dois detalhes praticamente sacramentaram o destino do jogo, pelo menos para o ABC. O primeiro detalhe diz respeito à escalação do Mais Querido, ficou clara a falta que os onze jogadores vetados para o jogo fizeram e principalmente a falta de um jogador de área. O alvinegro praticamente não teve opções para modificar o estilo de jogo do time durante a partida. O segundo detalhe do jogo foi à patacoada terrível que o “terrível” aprontou aos 19 minutos de jogo. Ivan segundo a arbitragem agrediu um jogador rival e foi expulso.

O jogo apesar dos pesares começou a favor do ABC, tanto é assim que até a expulsão de Ivan o adversário não conseguiu atacar. A falta de um homem de referencia no ataque não fazia diferença já que Ivan e João Paulo se movimentavam por todo o ataque, a defesa rival apenas assistia a correria. Mesmo veloz o ataque do ABC foi pouco eficiente, chegando apenas com chutes de longa distancia de Fausto.

Os volantes do alvinegro realmente estiveram muito bem na noite de hoje, Fausto e Fabiano Silva estiveram impecáveis e Erandir um pouco apagado.

Após a expulsão de Ivan o América tentou aproveitar o desacerto do ABC, mesmo assim não conseguiu em nenhum momento levar perigo real ao gol de Paulo Musse. O goleiro Paulo Musse certamente nem suou, devolveu o seu uniforme ao roupeiro limpinho.

A ofensiva rival acabou aos 29 minutos quando o lateral Luciano Amaral fez falta feia no meio e também foi expulso. Com dez para cada lado o ABC retornou ao jogo, mas o primeiro detalhe do jogo se fez sentir, já que o ABC dominava o jogo sem chutar a gol com eficiência., principalmente sem chutar de dentro da área. Esse diapasão permaneceu até o fim do primeiro tempo.

O América já havia substituído dois nomes ainda no primeiro tempo e no intervalo o ABC trocou Rodriguinho por Ricardinho. Rodriguinho esteve bem, mas o jogo pedia velocidade, isso ele não teve.

O segundo tempo começou estranho, pelo menos para mim. Comentava com meu Pai logo nos primeiros minutos de jogo que o adversário estava com uma postura diferente, logo em seguida o América contra atacava pela primeira vez com muito perigo. Na segunda jogada nas costa de Marco Aurélio pela esquerda, Lúcio cruzou na pequena área e Sandro Hiroshi marcou. O futebol do América acabou aí, dois contra ataques e tchau.

O 1 a 0, injusto se levarmos em conta o volume de jogo alvinegro, premiou a eficiência. A partir do sexto minuto o ABC começou a buscar o gol de empate, mas o primeiro e o segundo detalhe sempre impediram uma sorte melhor. A falta de opções que modificassem o jogo fez com que o ABC cometesse o mesmo erro até o final do jogo, cruzar bolas na área para ninguém.

Ninguém é modo de dizer, o fato é que o ataque do ABC não suportou o confronto corpo a corpo com a vacilante defesa rival. O ataque formado por João Paulo, Ricardinho e Gabriel(que entrou no lugar do Erandir) foi preza fácil nas bolas aéreas. Rafael entrou no jogo substituindo o zagueiro Gaúcho, mas foi figura apagada.

O Elefante até que teve chances de gol, pelo menos as teve mais do que no primeiro tempo, mas esbarrou no bom goleiro com tamanho de gandula, o Rodolfo.

O fim do jogo premiou a eficiência, o bom volume de jogo do ABC não conseguiu superar as deficiências provocadas pela falta de opções. Novamente os detalhes levaram o ABC a derrota, mas certamente quem disse que o futebol e decidido no detalhe deve estar rindo a tua.

O ABC como time certamente melhorou, isso é nítido, mas parece ser insuficiente a medida que os desfalques ainda são muitos. O técnico Arturzinho tem que ter mais sorte no ABC, a equipe aparenta mais disposição, mas sem contar com Alex Oliveira, Sandro, Tiano, Fábio Silva e Fábio Saci não tem esforço nem treinador que consiga fazer o ABC subir na tabela.

Certo mesmo é que "clássico é clássico, e vice e versa", esse é o problema dos clássicos não dá para prever nada a respeito. Pelo menos eu acertei a escalação do ABC para o jogo na "Prévia da Rodada", nada como um dia após o outro.(Abusei dos clichês agora hein?)

O ABC agora é o 17° e irá enfrentar o Atlético de Goiás que é o 3° colocado, sábado as 21:00hs no estádio Serra Dourada. Vencer será importantíssimo, o alvinegro está na zona de rebaixamento e duas derrotas seguidas é sem sombra de duvidas um grande prejuízo para o resto da competição.

Ficha Técnica:

Local: Estádio Machadão, Natal-RN
Publico: 14.685 pagantes.

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa – RS)
Assistente 1: Alessandro Álvaro Rocha (Fifa – BA)
Assistente 2: Ubiratan Bruno Viana (RN)
4º árbitro: Paulo Jorge Rodrigues Brandão Filgueira (RN)

América(1): Rodolfo; Thoni, Marcelo Ramos (Plínio), Edson Rocha e Luciano Amaral; Ricardo Oliveira (Alexandre Messiano), Jackson, Everton e Guaru (Helinho); Lúcio e Sandro Hiroshi(1). Técnico: Guilherme Macuglia.

ABC(0): Paulo Musse; Gaúcho (Rafael), Fabiano Silva e Leonardo; Chiquinho, Fausto, Erandir (Gabriel), Rodriguinho (Ricardinho) e Marco Aurélio; Ivan e João Paulo. Técnico: Arturzinho.

PS. O Gustavo Lucena deverá analisar o desempenho dos atletas na coluna Melhorou e Piorou. Amanhã tem também o Podcast Papo Alvinegro.

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2 comentários:

José Alex Medeiros disse...

Olá Diego Ivan, concordo com o seu post em gênero, número e grau. O "consolo" para nós abcdistas, é que se com o nosso time cheio de desfalques já tivemos uma grande melhora, quando tivermos todos os jogadores a disposição a tendência é que o ABC comece a subir bastante na tabela.

Abraços

Gibson Azevedo disse...

Fui ao clássico. Nada de novo... Tirando o lado emocional que sempre impregna a estes tipos de embate, nada de importante, como: técnica e tática, se percebe nestas partidas de futebol. Essa estória de dizer: "ah! meu time perdeu, mas merecia ter ganho!...", é conversa pra "aquele negócio" murcho. Ganhou, quem fez por onde ganhar. Mesmo que tenha jogado um futebol microscópico.
O time do povo - o mais querido -, tem que reestudar qual será o seu objetivo a partir de agora. O seu "norte", com certeza, não é mais a ascensão à série "A" do Campeonato nacional. Isto, parece-nos ser a certeza.