domingo, 16 de março de 2014

Pelo fim da carta branca ao treinador


Independente do treinador, algo precisa ser definitivamente banido do futebol do ABC: dar àquele carta branca para trazer quem ele quiser.

A história do clube nos mostra que, quando o treinador tem plenos poderes para trazer quem ele quer, sem precisar consultar a diretoria, sempre dar merda.

Isso vem se repetindo desde 2001, quando Mauro Fernandes recebeu plenos poderes para montar o fracassado esquadrão de Badico, Daniel Edgar e cia. que rebaixou o ABC e colocou o Mais Querido numa vala que perduraria até 2007.

O treinador, gabaritado ou não, é empregado do clube, ou seja, deve ficar sob as ordens da diretoria. É esta que tem que ficar responsável diretamente pelas contratações. Em momento algum deve aceitar indicação de treinador para contratar jogador cujo futebol desconheça. Se o dirigente não se sente seguro em seu faro para contratar jogador diferenciado, que tenha ao seu lado um diretor de futebol de sua confiança para auxilia-lo.

O ABC como um todo já se cansou desse modelo esgotado, que inclusive engoliu Ferdinando Teixeira, Leandro Campos e agora Roberto Fernandes. Todos eles que citei tiveram grandes momentos no comando do Mais Querido, mas a partir do momento em que passaram a dar as cartas indicando jogadores, se desgastaram desnecessariamente a ponto da torcida não querer mais saber deles.

O dirigente normalmente contratar na base da emoção, mas é essa emoção que  fez com que o ABC trouxesse jogadores diferenciados como Sérgio Alves, Cascata, Robgol, Fabiano Gadelha, Leandrão e por aí vai.

Ao tirar tais poderes do treinador, o ABC estará se valorizando como instituição e ajudando a acabar com a famigerada figura do supertreinadorzão, que exige mordomias demais e quando dá errado, deixa o prejuízo para os cofres do clube.

Gustavo Lucena

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