segunda-feira, 27 de maio de 2013

Explica mas não justifica tecnicamente o que ocorreu

Não tenho nenhum motivo para desconfiar do Engenheiro Paulo Tarcísio, Diretor de Patrimônio do ABC. A entrevista concedida por ele a Tribuna do Norte apenas repete o que se sabe, mas não explica tecnicamente o que reza o contrato ABC/Ecocil referente à permuta do terreno em 2005 para a construção das cabines de rádio e finalização do Módulo 2 do Frasqueirão. Não explica que referenciais foram usadas para determinar as coordenadas limítrofes do terreno, nem como se deu essa utilização “graciosa” da área pelo ABC nos últimos 6 anos. 

Para ler a reportagem da Tribuna do Norte. (Clique aqui)

No outro lado dessa moeda ficam os que querem uma explicação para esse ajuste nas dimensões do terreno da antiga Vila Olímpica. Um deles é o Conselheiro Nato Leonardo Arruda, que levantou questionamentos pertinentes.  

É possível que não tenha havido nenhum erro topográfico, quando se delimitou a área do Centro de Treinamento Alberi Ferreira de Matos, no Complexo Esportivo Dr. Vicente Farache. Está sendo alegado que o ABC FC, para esta construção, teria “invadido” parte de uma área permutada com uma Empresa Construtora. Em algumas das fotografias acima, vê-se a área da Construtora, cercada, após uma rua e de um pequeno recuo. A rua e o recuo totalizam cerca de 14 metros, coincidentemente, mesma metragem reivindicada pela Empresa Construtora e que se alega que tenha sido invadida e que está sendo retirada do terreno remanescente do ABC, num total de cerca de 1.500 m².

Clique nas imagens para ampliar


Assim, o “erro” pode está de onde se partiu o Levantamento Geodiferenciado da área destinada ao Empreendimento da Empresa Construtora, ou seja, após os 14 metros, (12 da rua + 2 do recuo), que seria da área do terreno, de onde deveria ter partido o inicio do levantamento topográfico. Não se pode simplesmente aceitar que o Clube invadiu a área da construtora, sem mais levantamentos próprios, checagem de todos os dados, com levantamentos junto à Prefeitura de Natal sobre os procedimentos por ela realizados para abertura e pavimentação desta Rua.

Quando o ABC levantou a área do Centro de Treinamento Alberi Ferreira de Matos, os Topógrafos o fizeram, partindo do sentido Rota do Sol-Vila de Ponta Negra, dentro de sua propriedade. A empresa fez o seu levantamento no sentindo contrario, da Vila de Ponta Negra-Rota do Sol. Não encontrando sua área total, atribuiu o fato a uma imaginaria “invasão” pelo clube, não se admitindo a hipótese daquela rua, ao seu final, ter sido retirada da sua área.

Não pode simplesmente o Clube reconhecer um erro, que pode não ter havido e compensar a empresa com área semelhante, retirada do seu Patrimônio, perdendo instalações de seu Centro de Treinamento, acesso à garagem do seu ônibus, recentemente edificada e ter um Poço Tubular, com uma vazão de 70mil litros d’água/hora, coberto, ficando por baixo do gramado do Campo de Treinamento, pelo novo levantamento topográfico que se pretende ser o correto. Aliado a isto, o novo muro a ser erguido ficará colado na lateral externa do Auditório do Clube, na altura do Escudo do Clube e de um Aparelho de Ar Condicionado. Todos esses transtornos deveriam ser evitados, caso tivesse havido uma busca maior para esclarecimentos, não tornando a edificação do Empreendimento Imobiliário uma obra irreversível.

O fato da empresa possivelmente ter perdido parte da sua área pela abertura de uma rua, não responsabiliza o clube para fazer a recomposição da área. O que foi suprimido no final do terreno, não pode ser recuperado pela Empresa na frente deste mesmo terreno, já fora dos seus limites.

Uma solução para o impasse havido deveria ser buscada com cautela, sem açodamento, pelo Clube e pela Empresa Construtora, não gerando maiores transtornos para ninguém, especialmente para a instituição ABC FC.

Leonardo Arruda Câmara, Conselheiro e Ex Presidente do ABC FC.

Do Blog: Está mais do que claro que um parecer técnico é necessário. A próxima reunião do Conselho Deliberativo deverá ser quente já que este tema deverá estar em pauta. E é absolutamente necessário que todas as questões levantadas no ultimo mês sejam respondidas. Existem motivos de sobra para preocupação. O Conselho se reúne dia 10 de junho.
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