Um título protocolar
Claro que é muito bom ser campeão, independente do título.
O ABC conquistou seu 52º título estadual, vibrei, vibrei, tô feliz, tô.
Mas o Estadual já é página virada, pois é um campeonato no qual o ABC não fez mais que a obrigação de vencê-los, haja vista que o rival passa por uma grave crise e os clubes do interior em sua maioria pararam no tempo, tamanho o amadorismo.
Não é a mesma coisa
A ausência do rival de uma certa forma mais uma vez tirou a graça da conquista. E jogou uma enorme pressão nos ombros do time para vencer o Estadual.
Tudo bem que, como ABCdista, é muito bom ver eles na peia, pagando com juros e correção monetária toda arrogância e falta de ética que os dirigentes deles aprontaram contra nosso clube nos últimos anos.
Mas convenhamos,eu vibrei muito mais no Cinco Muito no que no domingo que passou. E em outras oportunidades em que fomos campeões, como em 2008 e 2010, fiquei indiferente.
E o direito de comemorar, onde é que fica?
Mais uma vez a PM conseguiu aparecer ao impedir que o trio elétrico contratado pela Diretoria pudesse tocar em frente ao Frasqueirão.
Estava mais do que implícito que a PM sabia que teria festa caso o ABC conquistasse um título. Não precisaria nem de burocracia.
Mas o reponsável pelo trânsito quis aparecer e impediu a festa, dizendo que só a governadora autorizaria. Inclusive passou por cima da autoridade do vice-governador, que avalizara a festa, numa total quebra de hierarquia.
Honestamente, ao invés de andarem com fuzil e baioneta, tem PM que deveria andar com uma melancia pendurada no pescoço e uma jaca na cabeça.
Estadual para esquecer
O Estadual de 2011 foi sem sombra de dúvidas um dos piores de todos os tempos.
Não pela fórmula de disputa, que é talvez a melhor e mais justa dentre os Estaduais, nem pela organização, pois a FNF sob a gestão de José Vanildo, vem se esforçando para valorizar uma competição decadente. Não é apenas o Estadual do RN que está defazado, mas todos os Estaduais, mesmo os mais poderosos, dão sinais de que pela atual formatação no calendário são inviáveis.
O grande vilão porém foram os próprios clubes, que ficam preso ao amadorismo, a pobreza franciscana e ao apagão logístico.
Ao contrário dos últimos anos, o Estadual não serviu nem para revelar novos atletas, pois enquanto que o ABC optou por não mexer na base vencedora de 2010 e o rival há muito tempo só contrata gente de fora e não revela ninguém, os clubes do interior e o Alecrim investiram nos mesmos nomes de sempre: Canindezinho, Roquete, Carioca, Marcelo Assuense, Josicley, Quirino, Didi Potiguar, Marciano, Pantera, etc. Nem o novato Palmeira escapou, ainda que os jogadores fossem desconhecidos, não apareceu por ali nenhum Jean Carioca ou Thiago Potiguar.
E olha que quase todos os clubes tiveram chance de ouro para mudar tal panorama, pois conquistaram Estaduais e disputaram Copa do Brasil, o que sempre rende uma boa grana e tiveram chance de disputar a Série D, que é a porta de entrada obrigatória para quem quer ser alguém no futebol. Mas todos eles ficaram a mercê do Poder Público e do apadrinhamento político. Mantiveram-se amadores e parados no tempo.
Mas nem mesmo o ABC escapou do marasmo que contaminou o Estadual, pois ficou nítido em muitos momentos que o time nitidamente não se esforçava, apostava muito mais na fragilidade dos adversários de que poderia ganhar o jogo a qualquer momento. Apenas nos jogos decisivos e na rodada inaugural do Estadual o time de fato jogou bola, demonstrando uma superioridade muitas vezes descomunal em relação a concorrência.
O que pode ser ruim, principalmente porque o ABC entrará na Série B sem um parâmetro real de como será a concorrência. Muito embora tenha se saído bem frente a um clube de Série A como o Vasco, a Copa do Brasil é uma competição sui generis em que os Davi se superam e vence o Golias. A crise no rival e o marasmo do interior deixou o Mais Querido sem qualquer parâmetro sério para medir seu handicap para a Série B e isso preocupa.
Claro que é muito bom ser campeão, independente do título.
O ABC conquistou seu 52º título estadual, vibrei, vibrei, tô feliz, tô.
Mas o Estadual já é página virada, pois é um campeonato no qual o ABC não fez mais que a obrigação de vencê-los, haja vista que o rival passa por uma grave crise e os clubes do interior em sua maioria pararam no tempo, tamanho o amadorismo.
Não é a mesma coisa
A ausência do rival de uma certa forma mais uma vez tirou a graça da conquista. E jogou uma enorme pressão nos ombros do time para vencer o Estadual.
Tudo bem que, como ABCdista, é muito bom ver eles na peia, pagando com juros e correção monetária toda arrogância e falta de ética que os dirigentes deles aprontaram contra nosso clube nos últimos anos.
Mas convenhamos,eu vibrei muito mais no Cinco Muito no que no domingo que passou. E em outras oportunidades em que fomos campeões, como em 2008 e 2010, fiquei indiferente.
E o direito de comemorar, onde é que fica?
Mais uma vez a PM conseguiu aparecer ao impedir que o trio elétrico contratado pela Diretoria pudesse tocar em frente ao Frasqueirão.
Estava mais do que implícito que a PM sabia que teria festa caso o ABC conquistasse um título. Não precisaria nem de burocracia.
Mas o reponsável pelo trânsito quis aparecer e impediu a festa, dizendo que só a governadora autorizaria. Inclusive passou por cima da autoridade do vice-governador, que avalizara a festa, numa total quebra de hierarquia.
Honestamente, ao invés de andarem com fuzil e baioneta, tem PM que deveria andar com uma melancia pendurada no pescoço e uma jaca na cabeça.
Estadual para esquecer
O Estadual de 2011 foi sem sombra de dúvidas um dos piores de todos os tempos.
Não pela fórmula de disputa, que é talvez a melhor e mais justa dentre os Estaduais, nem pela organização, pois a FNF sob a gestão de José Vanildo, vem se esforçando para valorizar uma competição decadente. Não é apenas o Estadual do RN que está defazado, mas todos os Estaduais, mesmo os mais poderosos, dão sinais de que pela atual formatação no calendário são inviáveis.
O grande vilão porém foram os próprios clubes, que ficam preso ao amadorismo, a pobreza franciscana e ao apagão logístico.
Ao contrário dos últimos anos, o Estadual não serviu nem para revelar novos atletas, pois enquanto que o ABC optou por não mexer na base vencedora de 2010 e o rival há muito tempo só contrata gente de fora e não revela ninguém, os clubes do interior e o Alecrim investiram nos mesmos nomes de sempre: Canindezinho, Roquete, Carioca, Marcelo Assuense, Josicley, Quirino, Didi Potiguar, Marciano, Pantera, etc. Nem o novato Palmeira escapou, ainda que os jogadores fossem desconhecidos, não apareceu por ali nenhum Jean Carioca ou Thiago Potiguar.
E olha que quase todos os clubes tiveram chance de ouro para mudar tal panorama, pois conquistaram Estaduais e disputaram Copa do Brasil, o que sempre rende uma boa grana e tiveram chance de disputar a Série D, que é a porta de entrada obrigatória para quem quer ser alguém no futebol. Mas todos eles ficaram a mercê do Poder Público e do apadrinhamento político. Mantiveram-se amadores e parados no tempo.
Mas nem mesmo o ABC escapou do marasmo que contaminou o Estadual, pois ficou nítido em muitos momentos que o time nitidamente não se esforçava, apostava muito mais na fragilidade dos adversários de que poderia ganhar o jogo a qualquer momento. Apenas nos jogos decisivos e na rodada inaugural do Estadual o time de fato jogou bola, demonstrando uma superioridade muitas vezes descomunal em relação a concorrência.
O que pode ser ruim, principalmente porque o ABC entrará na Série B sem um parâmetro real de como será a concorrência. Muito embora tenha se saído bem frente a um clube de Série A como o Vasco, a Copa do Brasil é uma competição sui generis em que os Davi se superam e vence o Golias. A crise no rival e o marasmo do interior deixou o Mais Querido sem qualquer parâmetro sério para medir seu handicap para a Série B e isso preocupa.
1 comentários:
Gustavo os meninos que o ABC emprestou ao santa cruz (Alvinho,Felipe alves e Wlademir)mostraram que tem futuro.
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