sábado, 21 de maio de 2011

Drops da estreia na Série B (21/05/11)

Deixou 2 pontos no meio do caminho

Eu também engrosso o clube daqueles que acham que tal empate não foi um bom resultado, ainda que tenha sido fora de casa, ainda que tenha sido jogo de estreia.

Primeiro porque o time do Bragantino é fraco. Não tem cabimento o ABC, com um plantel bem mais numeroso, pomposo e mais entrosado, empatar com um time que foi montado as pressas e cujo teto salarial não passa dos R$ 8.000,00. O massa bruta é uma caricatura dos times que o ABC encarou em 2007, 2008 e 2009.

E segundo porque não aproveitou o fato de jogar num campo neutro, afinal, o povo de Bragança Paulista não gosta de futebol e o estádio estava às moscas.

Concordo com o que Marcos Lopes disse ontem no Balanço Final da Rádio Globo: empate - ainda que fora de casa - só é bom quando se encara times mais tradicionais, qualificados e com numerosa torcida e/ou em certas circunstâncias especais - como p. ex. o fato do ABC ter saído atrás do placar ou estar jogando com 1 jogador a menos.

Fica a lição para que se mude de postura e mentalidade.

Fomos prejudicados, mas onde estava o ataque p/ neutralizar a arbitragem?

Quando o ABC fez 1x0 falei na mesa do bar onde estava: "olha, é bom o ABC fazer logo o 2º gol p/ neutralizar qualquer falha da arbitragem, esse resultado é perigoso".

Dito e feito, o Bragantino empatou num lance irregular, fruto muito mais de uma arbitragem ruim e despreparada do que de uma arbitragem bandida e premeditada.

Não adianta chorar que o ABC foi prejudicado, porque o que faltou mesmo foi ataque, que foi inexistente.

Malaquias cansou de errar passes, parecia o Adelmo, e o Elionar não sabe se posicionar bem no jogo, ficava sempre longe da grande área.

A primeira impressão foi de que ambos estão em nível abaixo até mesmo de Gabriel e Éderson. Leandrão nem precisa entrar no parâmetro.

O ABC precisa urgentemente trazer um atacante diferenciado, que saiba driblar e partir pra cima da zaga adversária sem qualquer medo, tipo um João Paulo ou Ricardinho. Do contrário, teremos muita raiva e nos jogos muitas vezes gritarei "Fábio Silva" em protesto a falta de capacidade em fazer gols.

Parada dura

Vendo a tabela da Série B nessas primeiras rodadas, enxerga-se também a justificativa para tanta preocupação com o empate de ontem.

O começo da caminhada é só pedreira: em casa encararemos o Goiás e o Náutico e fora de casa, a Portuguesa, o Sport e o Vitória. Todos esses clubes, além da tradição, possuem muito mais força política e econômica que o Mais Querido.

Sport, Vitória e Goiás p.ex., assinaram com a Globo por 3 anos e já pegaram as cotas de 2012 adiantadas. Em média, só do dinheiro advindo da TV, terão a disposição de cerca de R$ 15 milhões p/ essa temporada, podendo inclusive antecipar as cotas dos próximos anos.

A receita para o ABC nessa Série B no máximo, incluindo tudo (TV, patrocinadores, Timemania, sócio-torcedor) deve chegar aos R$ 3 milhões, em números puxados para cima e bem otimistas.

Enfim, essa Série B se desenha como a batalha dos 17 Davis contra os 3 Golias, tamanha a desproporção orçamentária gritante. É a espanholização do futebol brasileiro atingindo em cheio a Série B. Mas como seria bom se ela chegasse a Série A, porque aí teríamos os grandes chiando contra os grandes.
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1 comentários:

Junior disse...

Continuo acreditando que com esse elenco e com nossa estrutura poderemos encarar de igual pra igual Sport, Vitoria e Goiás. eles podem ter mais dinheiro, mais dentro de campo não estão lá essas coisas não.