Copa do Mundo #12 (Bola Jabulani)

Muito se falou da bola da próxima Copa e muito se ridicularizou a reclamação dos jogadores Brasileiros. Pois então, no gol de Michel Bastos hoje no amistoso contra o Zimbábue, na cobrança da falta a 139 Km/h a bola fez duas ou três microcurvas que mataram o goleiro rival.

A reclamação tem razão de ser, e apesar de não ser um especialista em bolas e sua composição estrutural, tenho a minha opinião para tamanha irregularidade. 

A bola Adidas tem um número mínimo de gomos, são 8, além de não ter costuras. A Jabulani é colada eletrônicamente. Com esse conjunto de fatores, só posso analisar que se ela está dentro dos padrões de tamanho e peso, a bola deforma durante a trajetória do chute.

Sim por que o que faz uma bola manter sua integridade esférica são exatamente os gomos e a costura, que de fato torna mais rígida e estrutura da pelota. O fato é que sem costuras e poucos gomos, a Jabulani fica parecendo realmente um balão de gás, suscetível a deformações quando chutada com violência. 

O exemplo que o Júlio César deu de “bola de supermercado” é perfeito para essa tecnologia da Jabulani. Aquelas bolas são extremamente frágeis, não tem costuras, apenas pito. Na região do pito é extremamente duro. Quando se chuta, a bola fica rodando no ar, da mesma maneira que a Jabulani. Este é o meu ponto, não que o pito seja da Jabulani seja o problema, o problema é mesmo a deformação. 

É evidente que a Jabulani não fica oval após os jogos, senão teria sido reprovada pela FIFA, mas além do efeito aplicado pelos atletas, dependendo da violência dos chutes, a bola tem sua circunferência deformada tornando imprevisível sua trajetória.

Não sei até que ponto isso prejudicará o futebol da Copa do Mundo, mas o fato é que vai ter muito nego levando frango nesse Mundial.