domingo, 8 de novembro de 2009

E o Sócio-Torcedor, onde fica? Resposta de Leonardo Arruda Câmara

No meio deste tiroteio sobre a reforma do Estatuto do ABC FC e diante do e-mail propagado e difundido pelo ex-Presidente Leonardo Arruda Câmara, enviei uns questionamentos para ele e para o Conselheiro Augusto Azevedo:

E o Sócio-Torcedor, onde fica?‏

M.D. Senhores Conselheiros do ABC FC, Leonardo Arruda Câmara e Augusto Flávio Azevedo:

Sou Sócio-Torcedor do ABC FC desde 2006.

Sou também blogueiro-colaborador do www.papoalvinegro.blogspot.com.

Tenho acompanhado com bastante atenção essa movimentação acerca da alteração ou não do Estatuto do ABC FC.

E me desculpem a franqueza, acho que tanto os que são favoráveis como os que são contrários a tal reforma estão ignorando solenemente aquele que é o maior patrimônio do clube, que é o torcedor, que é a Frasqueira.

Não vejo qualquer discussão sobre a importância da Frasqueira na vida do ABC FC.

Eu me associei porque recebi a promessa de que poderia votar já nesta eleição.

E ninguém sequer discute a possibilidade de nós, Sócios-Torcedores, termos o direito de escolher o próximo gestor do ABC FC.

Não há qualquer discussão acerca de se aumentar o quadro associativo do ABC FC.

Por que nunca organizaram uma reunião na qual nós, Sócios-Torcedores pudéssemos participar e ter direito a voz?

Sobre as eleições eu tenho a seguinte opinião.

Acho que o ABC precisa sim de mudanças, em especial no comando do clube, independente de ser reformado ou não o Estatuto do clube.

De nada adianta criar um grupo gestor colegiado (proposta do novo Estatuto) se sempre serão aos mesmas pessoas que darão as cartas.

É preciso dar oportunidade a outros ABCdistas com novas idéias e novas concepções de gerenciamento para comandarem o clube.

E que esse novo mandatário tenha o total suporte logístico e financeiro do Conselho, cabendo a este propiciar todas as condições para que o mais simples ABCdista possa comandar o clube.

É preciso acima de tudo acabar com essa mentalidade de que somente os endinheirados poderão comandar o ABC.

É preciso acabar com a gestão personalista, onde os cheques usados para contratar e pagar as contas sejam do clube e não da pessoa física do Presidente.

O ABC precisa criar seu patrimônio financeiro e acabar com essa prática de que fulano botou dinheiro no clube. Enfim, o Presidente tem que gerir o ABC usando recursos e receitas produzidas pelo próprio clube, sem ter que lançar mão do próprio patrimônio pessoal.

Entendo eu que o Sr. Judas Tadeu Gurgel deveria passar o comando do clube para uma outra pessoa, até mesmo com o fito de preservá-lo e evitar que o atual desgaste se prolongue ainda mais.

Além disso, acho que o futebol brasileiro vive um novo momento. Gestões personalistas e prolongadas estão em extinção.

Sem mais para o momento, espero que os ilustres senhores leiam esta missiva e reflitam sobre o tema.

Atenciosamente e respeitosamente.

Gustavo Carvalho Lima de Lucena
Servidor Público
Sócio-Torcedor do ABC F.C.

Eis a resposta e a opinião do ex-Presidente Leonardo Arruda Câmara:

Prezado Gustavo. Um dos meus questionamentos é justamente este. A concentração de poderes para um pequeno grupo. Não entendo como uma decisão democrática, apenas 4 ou 5 conselheiros, previamente escolhidos, elegerem o Presidente do Clube. Atualmente, a Assembléia Geral, formada pelos sócios, elege um Conselho Deliberativo, formado por 160 sócios, que, por sua vez, elege o Presidente do clube. O que está sendo proposto restrinte ainda mais esse universo do chamado Colégio Eleitoral. O Presidente não será mais eleito pelos 160 Conselheiros e sim por essess 4 ou 5 escolhidos. Por que não alargar esse numero de votantes (eleição direta por todos os sócios, em todas as suas categorias ou mesmo deixar para um numero maior, pelo Conselho de 160 ) ? Quanto mais abecedistas decidindo, votando, mais acertadas são as decisões. Um clube da dimensão sentimental de um ABC não pode ser apenas de poucos "iluminados" E os sócios, como ficam ? Eles devem ser ouvidos. . Falo isto até com uma certa autoridade, porque, quando fui Presidente, abri o Conselho Deliberativo para os sócios, para o torcedor, para os que frequentavam e participavam das coisas do clube. Substitui alguns medalhões, conselheiros que, sequer, sabiam serem Conselheiros, escolhidos apenas como uma homenagem. As antigas torcidas organizadas passaram a ter vez e votos nas decisões do clube. Aroldo Paiva, Rau, Sêu Airton, Fabio Lima e outros eram os seus representantes. Por essa iniciativa grandes abecedistas começaram a participar das coisas do ABC. Cito alguns, responsaveis por várias conquistas, surgidas nesse periodo. Abecedistas, alguns, saidos das arquibancadas, anonimos, outros, sempre esquecidos, que nunca tiveram vez nos Conselhos do Clube ou mesmo na sua Diretoria , como .dentre mutos, Marcio Martins, Pedão da Oficina, Marcelo Abdon. Luiz José, Armando Por Deus, Mirian Albuquerque, Marquinhos dos Cocos, Carlos Sales, Ricardo Rocha, Claudio Porpino Arturo Arruda, Rubens Lemos Filho o próprio Judas Tadeu Gurgel e muitos outros . Fizemos uma renovação total no Conelho Deliberativo do clube. Entendo que conselho de um clube é vivencia, assiduidade, não é um titulo honórifico para homenagem. Retiramos praticamente todos os Conselheiros Celebridades. Infelizmente, isto está voltado. Basta se ler a atual composição do nosso Conselho Deliberativo. Não concordo com essa restrição havida. Também não posso concordar com a possibilidade de se transferir para um grupo de empresários a gestão do Futebol Profissional do ABC, numa terceirização. Tivemos uma experiencia não muito saudável para o clube, com a venda do passe do Wallyson, vendido a um preço muito baixo e ainda tendo que dividir o produto dessa venda com um Conselheiro, Diretor do Clube. Um outro exemplo foi essa frustração na carreira do Rodriguinho. Foi só ele aparecer, vindo do FUTSAL, para no ABC aparecer o"donos" do seu passe. Diariamente se noticiava que ele iria para Alemanha ou que um grande clube estaria interessado nele. Videos foram distribuidos para praticamente todo o mundo. Esse aparente sucesso deve ter subido à cabeça do jovem atlta promissor, que se viu frustrado por nada ter acontecido. Desmotivado, voltou ao FUTSAL, onde tem feito grandes apresentações, sendo um dos responsaveis pelas ultimas vitorias do clube. Bastou isto, para já se anunciar novamente que ele estaria sendo vendido para o Bragantino. Será que, se vendido, o ABC ainda terá que dividir o valor com algum diretor dono do seu passe ?Já disse e repito. O ABC tem compromissos com a sua história. Ele não é um Uniclinic, do Ceará, um clube Barrifga de Aluguel Não se pode "tercerizar" a paixão de um povo . Quanto á sua pergunta, eu respondo, o Sócio Torcedor deveria ter vez e voto no ABC FC. Vá a reunião do Conselho na segunda feira. Exponha suas ideias. Fico à sua disposição. Um abraço, Leonardo Arruda

Obs. Se existe um grupo pré estabelecido para assumir a gestão do clube, por que não disputa a Presidencia ao invés de fazer essa "ginástica" toda, inclusive com a permanencia do Presidente Judas Tadeu ? Por uma questão de justiça, deve ser dito que O Presidente Judas chegou a lançar o nome de Paiva Torres como seu sucessor, que não aceitou. Por mais meritórios que sejam, sem que tenha havido qualquer discussão mais ampla ou mesmo a Reforma dos Estatutos, por que os "escolhidos" são Paiva Torres, Flávio Anselmo, Antonio Gentil, Augusto Azevedo, Ricardo Furtado ? Porque essa reforma não se procesou na orbita do clube., onde não houve nenhuma reunião e sim em escritórios particulares de possiveis integrantes desse grupo gestor ? Até mesmo o Diretor Juridico do Clube foi alijado das discussões, só recebendo a minuta da proposta no final da tarde da ultima quinta feira. Eu, Ex Presidente, Conselheiro Natal, não recebi a proposta. Tomei conhecimento por terceiros.

Gustavo Lucena

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