quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Goleiro é questão de confiança

Eu sou daqueles que acham que nem sempre o melhor goleiro deve jogar, sou daqueles que acham que pra jogar no gol tem que ter a confiança do técnico. Senão fosse assim Tafarel jamais teria sido titular em Copas do Mundo. Tafarel sempre jogou e deixou goleiros do porte de Zetti, Gilmar, Dida, Zé Carlos(recentemente falecido)e Carlos Germano. Tudo por que para a comissão técnica o jogador transmitia segurança, mesmo que não transmitisse para a torcida.

Pois bem, após essa introdução quero falar sobre Paulo Musse(foto1) no ABC. Ano passado queimei minha língua quando passei parte da competição criticando o jogador, que nos últimos jogos da competição comprovou que é um grande goleiro com defesas que seguraram o ABC na Serie B. Não concordo com essa enxurrada de criticas contra ele, reconheço as deficiências do atleta, mas não vejo em Ranieri(foto2) ou em Tiago Cardoso(foto3) uma superioridade técnica que façam Paulo Musse deixar a titularidade do ABC.

Ranieri é um excelente goleiro debaixo do gol, faz coisas do arco da velha, por mim também poderia ser titular do ABC sem problemas, mas tem três deficiências que chamam a minha atenção; deficiência na saída de gol, pouca habilidade com os pés e toma muitos gols de falta.

Tiago Cardoso pra mim é o mais fraco dos três, apesar de badalado, nas vezes que esteve no gol alvinegro não passou nenhuma confiança, inseguro debaixo das traves e na saída de gol. Se recebe o maior salário entre os goleiros, está tomando dinheiro do ABC.

Paulo Musse hoje é o melhor deles todos, apesar das criticas da arquibancada e de certos comentaristas, apresenta apenas uma deficiência, que é a saída de gol, mas como os outros também falham nesse quesito o melhor é o Musse mesmo. Tem boa presença debaixo das traves e certamente uma boa habilidade com os pés.

O fato concreto é que mesmo que Flávio Lopes tenha duvidas no gol, não é interessante que ele comece a fazer um revezamento de goleiros. Se ele quer mudar de goleiro que o faça logo, escolha seu preferido mesmo que a galera não goste. Dê confiança para o escolhido, mas evite um revezamento à medida que o titular falhe, isso só prejudica o desempenho de quem veste a 1, pois o atleta sempre estará com o peso da desconfiança da comissão técnica a prejudicá-lo.

Goleiro é questão de confiança.

Matéria com homenagem a Pedro Pradera e Cláudio Oliveira em Brasília, clique aqui.

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