Confesso que não vi com bons olhos a contratação do goleiro Thiago Cardoso, ex-Fortaleza e que foi dispensado do Pici porque recebia um salário proibitivo.
Não vou nem discutir as qualidades técnicas do novo reforço, pois não vem ao caso.
O que acho absurdo é o ABC pagar caro para reforçar uma posição na qual já possui bons valores.
Se não fosse o Ranieri no domingo passado, o ABC tinha levado um cinco muito para casa.
E mesmo se Ranieri não estivesse num bom momento, o ABC ainda tem o Aloísio a sua disposição.
Ou seja, o ABC já tem em casa dois goleiros de nível de Série B, além do promissor Wellington. O problema é que ambos não têm um peixe forte (leia-se empresário), são um tanto desconhecidos da grande mídia. Por isso que encontram resistência entre alguns torcedores. É uma puta sacanagem que a diretoria está fazendo com esses profissionais que foram leais as cores do Mais Querido na hora de renovarem seus contratos. Ao invés de prestigiá-los, resolvem optar pelo caminho mais cômodo só para atender os caprichos do treinador.
O técnico não pode ser o senhor absoluto da razão. Tem que haver um freio a certas exigências.
E esse vem sendo um grave defeito da diretoria, dar carta branca aos treinadores, principalmente aqueles que possuem grande prestígio. Foi assim com Mauro Fernandes, foi assim com o próprio Ferdinando e esse erro está se repetindo com o Heriberto. Falta pulso para dizer "não".
Enquanto isso, o ABC permanece carente na ala-esquerda e necessita urgentemente de um camisa 10 e de um atacante de ponta. E esse dinheiro gasto com Thiago Cardoso fará falta na hora de trazer os reforços essenciais.
Gustavo Lucena
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