segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Um Presidente cada vez mais distante da Frasqueira.

Ontem eu cheguei em casa a noite e resolvi ligar a TV e assistir o programa esportivo da TV União.
O entrevistado era mais uma vez o Presidente do ABC. Olhando a fisionomia do mesmo, vejo que ele está com uma aparência bastante desgastada, cansada e mal-humorada. A Série B deve estar sendo bem mais estafante para o Presidente do que nos tempos terríveis da Série C, pois a cobrança e a responsabilidade ficou 1000 vezes maior.
Mesmo assim, com o aumento do fardo, a entrevista me passou a impressão de um gerente fechado e cada vez mais distante da Frasqueira. Definitivamente o Judas Tadeu versão 2008 não é o mesmo Judas Tadeu de outrora, que costumava dar uma certa atenção a Frasqueira, que ia para os rádios conclamar a Frasqueira para ir ao estádio apoiar o time e não reclamar de dinheiro.
Ao invés de nessas horas conclamar a Frasqueira para vir pra dentro do clube, ajudá-lo a melhorar ainda mais os destinos do Mais Querido, ele demonstra que o fator dinheiro é muito mais importante que o apoio do torcedor.
Em alguns momentos da entrevista, ele demonstrou uma sinceridade admirável. Tirei o chapéu para ele quando reconheceu que a parcela mais pobre da Frasqueira estava longe do clube. Ele também foi bastante esclarecedor acerca das relações comerciais que o ABC tem com as empresas pertencentes ao Ferdinando Teixeira.
No entanto, a entrevista teve muito mais pontos falhos.
Primeiro o Presidente não esclareceu o porquê da desvalorização e da falência do Programa Sócio-Torcedor, quando indagado porque o ABC não fazia promoções para brindar o Sócio-Torcedor com sorteios de produtos do clube ou de viagens para assistir os jogos do ABC fora de casa. Ele falou da promoção das motos, dizendo que tava dando prejuízo. Porém se omitiu em dizer que a promoção das motos não é específica para o Sócio-Torcedor, e sim para aqueles que pagarem R$ 1,00 a mais no preço do ingresso. Ou seja, tentou escapar pela tangente, mas só é enganado quem é retardado.
Outro ponto falho foi o rancor que ele demonstrou com o torcedor que no Blog de Marcos Lopes indagou acerca das relações comerciais existentes entre o ABC e a pessoa física Ferdinando Teixeira. Ele esclareceu os fatos com muita raiva. Será que ser transparente é tão doloroso assim?
Pela entrevista deu para notar que cada vez mais o torcedor, a Frasqueira está em segundo plano. O que importa é o dinheiro. A Frasqueira que se exploda.
Outra coisa que venho notando é que o ABC está sendo dirigido por uma panelinha. O Presidente só fala no nome de determinados Diretores, como se só eles fossem capazes de ajudar o clube. Como se o ABC dependesse única e exclusivamente deles, que se eles saírem a casa cai. Ridículo.
Além disso, o Presidente continua abusando da tática Goebbels (uma mentira dita 1000 vezes se torna verdade) ao dizer que o ingresso do ABC é mais barato da Série B. Porém essa tática usada na Alemanha nazista está sendo estendida além do preço dos ingressos, como se pode notar, p.ex., na questão da deturpação do processo falimentar do Sócio-Torcedor.
E por fim, o Presidente lança um enigma ao elogiar os "Verdadeiros ABCdistas". Afinal, quem são os verdadeiros ABCdistas na concepção do Presidente? Somente aqueles que o bajula condicionalmente? Somente aqueles membros da sua panelinha? Quem tecer críticas construtivas (como é o caso desse escriba, que já fez críticas em outras oportunidades) é anti-ABCdista? Quem ousar discordar do Presidente por querer implementar um ABC melhor e mais democrático para o torcedor é considerado falso-ABCdista? São perguntas que não querem calar...

Por Gustavo Lucena
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