sexta-feira, 7 de maio de 2010

Em 1958 a sorte vestiu a Seleção Brasileira

O Sexta da Copa desta sexta-feira trás um pequeno aspecto do que foi a brilhante vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1958. 

É claro que ao vencer a Copa do Mundo de 1958 o Brasil mudava de patamar futebolístico, já que até então o futebol brasileiro era considerado de segundo escalão. A Seleção canarinha era sempre desprezada quando se atribuía favoritismo aos times que disputariam o Torneio.

 Dejalma Santos, Zagallo e Nilton Santos aos prantos após o apito final na Final.

Aos supersticiosos aquela Copa foi um prato cheio de assuntos. Na Suécia o Brasil adotou o azul como segundo uniforme, já que desde 1954 o time já jogava Mundiais com a camisa amarela.

Mas o fato mais curioso deste torneio foi a numeração do Escrete Canarinho, que devido a uma confusão durante a inscrição da equipe, deixou a cargo do destino numerar cada jogador. A lenda diz que ao chegar a Suécia, o representante da Seleção Brasileira junto a organização do evento escolheu aleatoriamente os números de cada jogador. 

A numeração ficou confusa, senão vejamos; 1 CASTILHO(GOL), 2 BELLINI(DEF), 3 GILMAR(GOL), 4 DJALMA SANTOS(DEF), 5 DINO SANI(MEI), 6 DIDI(MEI), 7 ZAGALLO(ATA), 8 ORECO(DEF), 9 ZOZIMO(DEF), 10 PELÉ(ATA), 11 GARRINCHA(ATA), 12 NILTON SANTOS(DEF), 13 MOACIR(MEI), 14 DE SORDI(DEF), 15 ORLANDO(DEF), 16 MAURO RAMOS(DEF), 17 JOEL(ATA), 18 MAZZOLLA (Jose Altafini)(ATA), 19 ZITO(MEI), 20 VAVA(ATA), 21 DIDA(ATA) e 22 PEPE(ATA).

Para quem não sabe, eu não era vivo em 1958, na verdade meu pai ainda era criança, mas vou tentar escalar taticamente a Seleção Brasileira. O jogo da estreia contra a Áustria, além do time que venceu a Copa contra a Suécia.
 
Escalação Final: 3 Gilmar; 4 Djalma Santos, 2 Bellini e 12 Nilton Santos; 6 Didi, 15 Orlando e 19 Zito ; 11 Garrincha, 20 Vava, 10 Pelé e 7 Zagallo.
Escalação Estreia: 3 Gilmar; 14 De Sordi, 2 Bellini e 12 Nilton Santos; 6 Didi, 15 Orlando, 5 Dino Sani; 17 Joel, 18 Mazolla, 21 Dida e 7 Zagallo.


A primeira impressão nota o quão diferente são os times da estreia  e o dá final. Foram 6 mudanças, em todos os setores do time. O esquema era WM característico daquela época.

Sobre a numeração vejam que a confusão foi grande, já que mesmo na reserva a numeração de Pelé era a 10, Garrincha com a 11 e Djalma Santos com a 4. Eram números de titulares. Garrincha que sempre foi 7 no Botafogo, em 58 vestiu a 11 e Zagallo que sempre foi 11 no Botafogo vestiu a 7. Titular em todos os jogos, o príncipe etíope Didi, era o 8 do Botafogo e utilizou a 6 na Copa. O caso mais curioso é o do goleiro Gilmar(foto), titularissimo desde as eliminatórias, usou a 3.

O que os supersticiosos diriam de uma coisa dessas? Já que tem gente que se arrepia todo quando vê times de hoje com numeração fixa.

O certo é que mesmo o que deu errado deu certo para essa geração, a numeração que poderia ser motivo de confusão acabou marcando o primeiro titulo Mundial do Brasil.

Detalhe: Algumas Seleções preferem adotar a ordem alfabética para a distribuição das camisas, caso da Argentina em 1978 e 1986.
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2 comentários:

Alexandre Costa disse...

Vi esse final de semana que a escolha dos números na Copa de 58 foi feita aleatoreamente por um dirigente da Conmebol (uruguaio se não me engano), já que a delegação brasileira tinha esquecido de fazê-lo.
A camisa 10 para Pelé foi uma grande coincidência.

Diego Ivan disse...

Rapaz, eu tinha essa informação, mas não comprovei, por isso fui numa de acompanhar o texto de outra pessoa.


O numero de Pelé na Seleção era o 8, já que estreou em 57 num amistoso contra a Seleção Argentina vestindo esse numero.

Abraço!!!