segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A culpa não é das 17 regras, o problema é a vocação

Nesse final de feriado resolvi falar sobre arbitragem aqui no Blog Papo Alvinegro, sem compromisso, já que não sou especialista e nem me atrevo a escrever a respeito nas minhas postagens. Tento hoje expor um ponto de vista que é diferente de algumas pessoas, que apenas taxam os árbitros de ruins e não levam em conta a sua formação.

A crise da arbitragem no Brasil é real, os árbitros no país são meros apitadores e flanelinhas, não possuem padrão e a cada dia que passa fica mais complicado entender o critério adotado por eles. Não acho que mudanças nas regras do jogo sejam necessárias, afinal de contas o futebol funcionou muito bem com as regras que estão em vigor. O problema para mim é outro, creio que passa longe do livrinho de regras.

O problema da arbitragem Brasileira e por que não dizer Mundial é saber identificar o talento, o mais importante aspecto em qualquer atividade humana. Eu sei que não é simples localizar e principalmente lapidar um talento, mas esse é o ponto principal do problema.
Justificar
Acho que o recrutamento da arbitragem está sendo mal feito, principalmente por que não está se levando a vocação a sério. Para se tornar arbitro de futebol qualquer pessoa tem que cumprir uma lista de requisitos, dentre eles vários físicos, que nem de longe selecionam o melhor. Eles selecionam apenas; o mais forte, o mais alto, o mais culto ... e um dos últimos critério é o melhor arbitro. Dentre esses requisitos estão; estatura acima de 1,60m, falar pelo menos o inglês e suportar uma bateria de testes físicos. É claro que aspectos como; entendimento da regra do jogo, visão periférica e preparo psicológico, fazem parte da seleção, mas parecem ter deixado de ser o principal.

O exemplo mais claro dessa distorção é o caso do arbitro gaúcho Leonardo Gaciba, que recentemente deixou o quadro da FIFA por não ter passado nos exames físicos da entidade. Mesmo sendo escolhido varias vezes como o melhor da temporada no Brasil, Gaciba periga nunca participar de uma Copa do Mundo, coisa que alguns medíocres já fizeram; Márcio Resende de Freitas(1998) e Carlos Eugênio Simon(2002, 2006 e confirmado como o arbitro Brasileiro na Copa 2010).

Vocês percebem a distorção?

E onde fica a vocação?

É claro que o futebol mudou, ficou mais ágil, as distancias percorridas dentro de campo aumentaram. Mas como fazer para a vocação se tornar o principal fator de seleção na formação de um arbitro, se o foco principal é apenas o fator físico do profissional.

Daqui a alguns anos teremos excelentes maratonistas que não conseguem marca corretamente nem uma falta.

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1 comentários:

Gibson Azevedo disse...

Meu caro Diego, se exige muito dos árbitro na atualidade; por exemplo: que os mesmos estejam dentro da jogada, quando estes não passam de figuras neutras, sendo totalmente desnecessário, que estejam colados aos acontecimentos. Estes profissionais, também não têm a obrigação de perceberem diferenças de décimos de segundo ou de distância, só percebíveis no olho eletrônico, frio e sem vida, dos aparelhos sofisticados da cruel cibernética, nos seus erros e acertos. Sou testemunha de alguns árbitros e auxiliares, serem alijados das suas funções, no auge das suas formas físicas e técnicas, somente por terem atingido uma aleatórea idade limite. Enquanto isto, somos obrigados a aturar incompetentes, de ambos os sexos, a cometerem erros grosseiros em arbitragens desastrosas, pois faltam-lhes caráter e talento, mesmo tratando-se de grandes atletas.
Esta é a triste história das nossas mutantes arbitragens. Falta-nos bom senso!.... Arre!...