Estamos a cerca de 9 horas da estréia do ABC na Série B 2009 lá em Campinas contra a Ponte Preta.
Confesso que ando muito cabisbaixo e desmotivado, principalmente por tudo de ruim que está acontecendo com o Mais Querido fora das 4 linhas e por conta de algumas contratações que considero absurdamente equivocadas.
É deprimente saber que a diretoria, mesmo vendo os problemas financeiros aumentando dentro do clube, não toma medidas enérgicas para solucioná-los. É uma inércia geral, a gente só vê chorôrô atrás de chorôrô e nenhuma ação positiva.
Também estou muito puto da vida em ver o presidente do Clube atacando sistematicamente o patrimônio maior do Mais Querido, que é a Frasqueira. Esse ataque é quase que diário, pois o programa de rádio Voz da Frasqueira, ao invés de estar p.ex., fazendo propaganda e motivando o torcedor a chegar junto do clube fica praticamente culpando-o pelos públicos abaixo das nossas tradições.
Quanto as contratações, não sou um cara muito exigente, compreendo que a realidade financeira do ABC é limitada. Acho que já foi uma vitória a manutenção de nomes como Sandro, Simão e Gabriel. No entanto, o que não aceito de maneira alguma é a contratação de atletas cujo currículo gera muitas suspeitas (Leandro Love) ou de jogadores que já tiveram inúmeras oportunidades no ABC e desperdiçaram. É inaceitável que o ABC tenha repatriado Kel e ainda tem soltado confetes com uma contratação de um nível tão abaixo do esperado. Assim como já estou cansado de ver a diretoria dar inúmeras oportunidades a Fábio Silva e ao Rodriguinho.
Sou favorável que o ABC se reforce com atletas relativamente desconhecidos que se destacaram em times pequenos. Foi assim com Bosco e Márcio Hahn. Porém, a contratação deles foi bem indicada e ambos tinham currículo e boas referências, tanto é fato que estão em times da Série A. Leandro Love e Léo Mineiro representavam justamente o contrário. Defenderam times pequenos, mas eram figuras apagadas nos mesmos.
No entanto, acho que o ABC tem boas peças. Não é qualquer time que tem 2 goleiros de boa qualidade, um ala como Rogerinho, 4 zagueiros tarimbados disputando 2 ou 3 vagas no time, 4 volantes confiáveis e ainda ter Ivan como o grande amuleto quando tudo estiver dando errado no ataque.
Foi importante a manutenção da base do Estadual. Porém há de convir que é preciso substituir algumas peças que comprovadamente vem trazendo prejuízo técnico ao ABC.
Um fator que vai dificultar muito é que os 2 primeiros adversários são equipes com um alto poder de investimento. E o ABC jogará desfalcado de Sandro e Simão, que representam cerca de 70% do poder de fogo do ABC. E os resultados negativos, por mais naturais que sejam, poderão abalar ainda mais a já cambaleante confiança do torcedor.
No quesito presença de público no Frasqueirão, confesso que não espero a mesma presença de público da Série C 2007. Acho até que a tendência é que seja menor do que em 2008.
Embora o preço do ingresso a R$ 20,00 seja um dos menos salgados dentre os clubes da Série B (o Bahia, p.ex., vai cobrar R$ 40,00), ainda assim está longe da realidade do torcedor ABCdista (seguramente em Salvador a chiadeira deve estar no mesmo jeito, pois a torcida do Bahia é bem mais povão do que a do ABC).
O preço poderia ser mantido nesse patamar desde que houvesse um Sócio-Torcedor de cunho popular, justamente para compensar o ingresso salgado e funcionar como uma alternativa para o torcedor e até mesmo uma fonte-extra de renda para o clube. Porém, a arrogância da diretoria de se achar a dona da razão vem expulsando os torcedores do Frasqueirão.
Isso sem falar que, fora o preço salgado dos ingressos, a alimentação tem preços abusivos (um copo de água é R$ 2,00!) e o torcedor sofre todo tipo de desrespeito como a falta de água nos banheiros e os apagões ocasionados imediatamente após o término do jogo, quando ainda tem torcedores se deslocando para fora do estádio.
Por conta disso, há um tendência de deserção e muita gente da Frasqueira, em especial aqueles que moram muito longe do Frasqueirão, optarão por assistir os jogos nos bares da cidade.
Enfim, esse é o retrato que vejo se desenhar na Série B 2009: um time brigando as duras penas para se manter e o torcedor cada vez mais distante do time por culpa da diretoria.
Gustavo Lucena
Confesso que ando muito cabisbaixo e desmotivado, principalmente por tudo de ruim que está acontecendo com o Mais Querido fora das 4 linhas e por conta de algumas contratações que considero absurdamente equivocadas.
É deprimente saber que a diretoria, mesmo vendo os problemas financeiros aumentando dentro do clube, não toma medidas enérgicas para solucioná-los. É uma inércia geral, a gente só vê chorôrô atrás de chorôrô e nenhuma ação positiva.
Também estou muito puto da vida em ver o presidente do Clube atacando sistematicamente o patrimônio maior do Mais Querido, que é a Frasqueira. Esse ataque é quase que diário, pois o programa de rádio Voz da Frasqueira, ao invés de estar p.ex., fazendo propaganda e motivando o torcedor a chegar junto do clube fica praticamente culpando-o pelos públicos abaixo das nossas tradições.
Quanto as contratações, não sou um cara muito exigente, compreendo que a realidade financeira do ABC é limitada. Acho que já foi uma vitória a manutenção de nomes como Sandro, Simão e Gabriel. No entanto, o que não aceito de maneira alguma é a contratação de atletas cujo currículo gera muitas suspeitas (Leandro Love) ou de jogadores que já tiveram inúmeras oportunidades no ABC e desperdiçaram. É inaceitável que o ABC tenha repatriado Kel e ainda tem soltado confetes com uma contratação de um nível tão abaixo do esperado. Assim como já estou cansado de ver a diretoria dar inúmeras oportunidades a Fábio Silva e ao Rodriguinho.
Sou favorável que o ABC se reforce com atletas relativamente desconhecidos que se destacaram em times pequenos. Foi assim com Bosco e Márcio Hahn. Porém, a contratação deles foi bem indicada e ambos tinham currículo e boas referências, tanto é fato que estão em times da Série A. Leandro Love e Léo Mineiro representavam justamente o contrário. Defenderam times pequenos, mas eram figuras apagadas nos mesmos.
No entanto, acho que o ABC tem boas peças. Não é qualquer time que tem 2 goleiros de boa qualidade, um ala como Rogerinho, 4 zagueiros tarimbados disputando 2 ou 3 vagas no time, 4 volantes confiáveis e ainda ter Ivan como o grande amuleto quando tudo estiver dando errado no ataque.
Foi importante a manutenção da base do Estadual. Porém há de convir que é preciso substituir algumas peças que comprovadamente vem trazendo prejuízo técnico ao ABC.
Um fator que vai dificultar muito é que os 2 primeiros adversários são equipes com um alto poder de investimento. E o ABC jogará desfalcado de Sandro e Simão, que representam cerca de 70% do poder de fogo do ABC. E os resultados negativos, por mais naturais que sejam, poderão abalar ainda mais a já cambaleante confiança do torcedor.
No quesito presença de público no Frasqueirão, confesso que não espero a mesma presença de público da Série C 2007. Acho até que a tendência é que seja menor do que em 2008.
Embora o preço do ingresso a R$ 20,00 seja um dos menos salgados dentre os clubes da Série B (o Bahia, p.ex., vai cobrar R$ 40,00), ainda assim está longe da realidade do torcedor ABCdista (seguramente em Salvador a chiadeira deve estar no mesmo jeito, pois a torcida do Bahia é bem mais povão do que a do ABC).
O preço poderia ser mantido nesse patamar desde que houvesse um Sócio-Torcedor de cunho popular, justamente para compensar o ingresso salgado e funcionar como uma alternativa para o torcedor e até mesmo uma fonte-extra de renda para o clube. Porém, a arrogância da diretoria de se achar a dona da razão vem expulsando os torcedores do Frasqueirão.
Isso sem falar que, fora o preço salgado dos ingressos, a alimentação tem preços abusivos (um copo de água é R$ 2,00!) e o torcedor sofre todo tipo de desrespeito como a falta de água nos banheiros e os apagões ocasionados imediatamente após o término do jogo, quando ainda tem torcedores se deslocando para fora do estádio.
Por conta disso, há um tendência de deserção e muita gente da Frasqueira, em especial aqueles que moram muito longe do Frasqueirão, optarão por assistir os jogos nos bares da cidade.
Enfim, esse é o retrato que vejo se desenhar na Série B 2009: um time brigando as duras penas para se manter e o torcedor cada vez mais distante do time por culpa da diretoria.
Gustavo Lucena
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