Não ia falar sobre o assunto, mas o desdobramento que ele tomou é algo que tem que ser levado a sério pelos Conselheiros do ABC FC.
Embora o radialista Marcos Lopes tenha anunciado de forma bem clara que os processos que ele moverá contra a pessoa do Diretor de Comunicação Social do ABC FC será de cunho estritamente pessoal, de uma certa forma, isso pode atingir sim a imagem do clube no que tange ao seu relacionamento com a imprensa.
O Diretor de Comunicação do ABC FC mexeu num vespeiro, atacou e agrediu levianamente um profissional pra lá de preparado e íntegro.
Muita gente diz que Levy Araújo no início do ano foi agredido por alguns gorilas travestidos de torcedores do América e que não houve solidariedade corporativa para com ele. Não é verdade, pois na época inúmeros cronistas em seus blogs e veículos da imprensa se solidarizaram com ele.
A diferença é que Levy Araújo não procurou a tutela da ACERN nem as vias judiciais para denunciar as agressões. Coisa que Marcos Lopes imediatamente fez e obteve o apoio incondicional de todos os seus colegas de profissão. Inclusive a presença do referido profissional (Marcos Lopes) no programa da TV União ladeado por Pedro Neto (que é o cronista que tem o melhor relacionamento com as Diretorias de ABC e América) foi na minha visão um simbolismo de que a crônica esportiva está fechada em prol da liberdade de imprensa e expressão.
Mas voltando ao foco central do tópico, acho sim que, embora o embate seja entre as pessoas físicas Marcos Lopes X ET, acho que ele tem sim reflexos no próprio ABC FC.
O ABC FC precisa manter um bom relacionamento com a imprensa, por pior que ela seja. Afinal é a imprensa que transmite o diário de seu clube para a torcida. E ela tem sim um enorme poder de denegrir a imagem do clube. E para exercer a Comunicação Social do clube, é preciso que a pessoa seja diplomática e elegante na hora de rebater as críticas.
Não é de hoje que o referido diretor vem usando e abusando do cargo que exerce.
Entendo eu que, diante de tal conduta ocorrida na 3a feira passado,o referido diretor deveria ser sumariamente afastado do cargo, ainda que temporariamente. Foi a gota d'água diante de todos os equívocos que ele vem cometendo na frente da Direção da Comunicação Social do clube: usar o site oficial para hospedar o seu blog particular, anunciar contratações em seu blog particular antes de publicá-las no site oficial, querer confundir os interesses do ABC FC com seus interesses particulares (como p.ex. nos direitos de resposta contra Marcos Lopes e Edmo Sidenino, em que foi publicado uma nota no site oficial, mas que na verdade eram pendengas particulares entre os referidos profissionais e a pessoa física do Diretor, que nada tinham haver com o Clube), tentar usar a Frasqueira como massa de manobra (Como foi no caso da pesquisa fajuta que ele criou para justificar o aumento dos preços dos ingressos para R$ 20,00, onde ele disse que a maioria dos torcedores aprovaram o aumento. Essa pesquisa NUNCA aconteceu.) e nos últimos tempos querer dar furos de contratações que, no final das contas, resultaram em verdadeiras barrigadas.
Todos esses fatores, em uma empresa/associação comum, já acarretariam em demissão/destituição do ocupante do cargo. No ABC, infelizmente as coisas são pensadas de maneira varzeana (pra isso se chegar ao amadorismo, ainda tem que andar e muito).
Aliás, deveria-se extinguir esse calhamaço de cargos de que o ABC possui: Diretoria de Comunicação, Diretoria Financeira, Diretoria Comercial, Diretoria de Marketing, etc. Isso me passa a impressão de que no ABC tem muita gente que quer mandar demais no clube. Tem muito "diretor" que se acha o dono do ABC, querendo passar para o público que a sua vontade individualizada é a vontade do clube.
Ao invés de Diretores, o ABC deveria ter gerentes profissionalizados, devidamente pagos para o ofício: a Gerência de Comunicação deveria ser comandado por um jornalista; a Gerência Financeira por um Contador/Economista, a Gerência Comercial por um Administrador, e assim vai. Só quem teria o poder de mandar era o Presidente, cabendo ao Conselho fiscalizar seus atos de maneira proba e atuante.
Gustavo Lucena
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