sábado, 23 de setembro de 2017

Alguns aspectos do fiasco do ABC em 2017

Essa campanha do ABC é intrigante em vários aspectos.

Intrigante porque no início da Série B, adotou uma estratégia na minha visão correta em manter o mesmo time base que subiu da Série C e que fora campeão estadual. Vários times fizeram a mesma estratégia no passado e se deram bem.

Ao mesmo tempo é importante lembrar que, mesmo mantendo a base, o time perdeu seus 2 principais jogadores de 2016, Jones Carioca e Lúcio Flávio. E eles foram substituídos por jogadores muito mais fracos.

A fragilidade do time ficou evidente na Copa do Nordeste. Mas o passeio no estadual embaçou tal constatação.

Outra campanha enganosa foi na Copa do Brasil, onde o ABC chegou na 3a fase, mas não venceu um jogo sequer e tinha passado de fase na bacia das almas.

Mas a maior ilusão foram aqueles confrontos contra o São Paulo, onde o ABC jogou de igual para igual. Eu diria que esse foi o maior engodo, e que provavelmente iludiu até mesmo os dirigentes, que passaram a apostar numa base fragilizada com os desfalques de Jones, Lúcio Flávio, Alex Ruan e Filipe Sousa. Foi aí o erro fatal, creio eu.

Aí quando foi contratar para recuperar o tempo perdido, só restou recorrer a reba do futebol brasileiro e os reforços que vieram eram de qualidade técnica pior do que os que já estavam aqui.


Gustavo Lucena

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domingo, 3 de setembro de 2017

ABC versus ABC. Sub 19 alvinegro dá trabalho ao time. profissional

Sub 19 do ABC enfrentou o time profissional no Frasqueirão, se mostrando bem postado e com os elogios do Itamar Schulle, novo técnico alvinegro. O amistoso, ocorrido na tarde deste dia 2 de setembro, no Frasqueirão, foi um jogo caseiro e bem interessante.

Itamar Schulle
O primeiro tempo seria 1 a 0 para os juvenis, seria... mas, no finalzinho do 1° tempo, aos 44 minutos, o time profissional empatou. 

Foi uma primeira etapa onde o sub 19 do ABC se mostrou bem postado e com um bom toque de bola, envolvendo o time profissional que quase...quase terminou o 1° tempo com o placar adverso. Uma centena de torcedores assistiram ao jogo nas arquibancadas do Frasqueirão e - com risos nas faces - testemunharam os 90 minutos de bom futebol.

No segundo tempo aconteceram as modificações previstas e todos os reservas do sub 19 participaram do jogo.  Alguns atletas do sub 17 também jogaram, sendo assim, é lógico que o rendimento da esquadra juvenil caiu um pouco, mas pode-se avaliar como um jogo proveitoso. O time profissional fez dois gols e virou o jogo, 2 a 1, dando números finais ao jogo.

Complexo Esportivo Vicente Farache
O técnico Itamar Schulle, no seu primeiro treino, observou que tem muito a corrigir no time profissional.

Espera-se que, ao menos dessa vez, exista a tão providente comunicação entre as comissões (profissional e bases) . Itamar Schulle trouxe o Lucas Isotton, profissional com trabalhos nas bases do Paraná Clube, Juventude, Caxias, dentre outros clubes. Isotton é a boa surpresa deste mês. Nunca um técnico vai conversar com os professores da casa para saber detalhes dos atletas da base, até mesmo dos profissionais do ABC que foram formados nas bases. Isso é HISTÓRICO! Tem até apelido: " O MURO INVISÍVEL !" Ninguém vê, mas existe! Talvez esta pendência esteja com os dias contados.

O ponto negativo do amistoso foi ver o jogador Arês atuar mais uma vez de ala, quando na verdade é um bom volante. Jogador formado nas bases e que voltou ao ABC por ser destaque no estadual 2016, atuando de volante pelo alviverde, foi contratado pelo ABC a pedido do Geninho. Foi um feliz retorno ao lar em 2017, mas ainda não teve oportunidade no setor que mais rende. É bom lembrar que o Arês foi improvisado na ala pela má fase dos "especialistas" da posição e, sendo assim, Geninho escalou o Arês na ala direita e deu muito certo no 2° turno do campeonato potiguar 2017. Essa falta de comunicação entre o técnico profissional e a base, que já dura há décadas, poderá acabar na era Itamar Schulle, talvez pela sensibilidade do Lucas Isotton, cuja biografia demonstra que tem experiência em bases, notadamente no quesito observação. Vamos aguardar.

Lucas Isotton
No futuro vamos abordar (mais uma vez) este tema chamado "muro invisível" entre o CT da base e o profissional. Um muro antigo e que a tônica é a falta de comunicação entre as comissões. Um muro invisível, imaginário, mas real. 

A comissão da base trabalhou anos com o jogador e sabe detalhes ao longo dos anos, algo que a comissão técnica do profissional chega sem saber. É assim em qualquer lugar do mundo. Analisando a realidade do ABC,, nota-se que o Arês é apenas um exemplo dentre vários, mas vamos encerrar o texto pois já está maior do que o planejado. Em outro dia, de forma mais detalhada, vamos abordar este tema, inclusive citando outros jogadores.

Temos esperanças? Sim, a esperança pode estar na base, com gente nossa querendo aparecer e sendo observada por gente interessada em revelar valores.   

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