quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Vitoria do jeito que deu

Sem brilho, o ABC venceu o Imperatriz por 2 a 1 agora a noite no Frasqueirão. Os gols do jogo foram de Naldinho e Marcio Passos para o ABC, Denis Moraes para o Imperatriz. Com a vitória o Alvinegro soma 4 pontos, em terceiro no grupo atrás de Salgueiro e Campinense, que se enfrentam amanhã em Campina Grande.


Depois de seis jogos sem vitórias, qualquer vitória deve ser comemorada, mas os defeitos não podem esquecidos. 

Foi difícil assistir ao jogo de hoje, principalmente ao primeiro tempo. Utilizando uma escalação bem próxima da que vinha sendo base na temporada, Geninho viu o pior do ABC, ou seja, a incapacidade na troca de passes e ligação direta defesa ataque. Com isso o Imperatriz encurralou o ABC, isso mesmo, encurralou colocando o Alvinegro acuado em seu campo de defesa. O gol do Imperatriz no início do segundo tempo apensa premiou o bom futebol do time no primeiro tempo.

Com as modificações no segundo tempo, Geninho deve ter percebido que Luís Felipe ainda é muito verde para ser titular do time. Quando Leozinho entrou no lugar de Luís Felipe as situações de jogo foram normalizadas pela esquerda. Mas que foi destaque mesmo do jogo foi o estreante meio campo Naldinho, que marcou um gol entrando no lugar de Nando. Ele apesar de fora de ritmo de jogo fez o time andar muito, coisa que não vinha acontecendo. Além dele Erivelton, que começou o jogo improvisado na lateral direita, também chamou muita atenção com pelo menos duas enfiadas de bola no segundo tempo quando foi para o meio, numa delas Naldinho marcou. 

O que é que Geninho irá tirar desse jogo, em que o ABC venceu de virada levando sufoco no primeiro tempo e não passou segurança defensiva no segundo? O Alvinegro tem sérias deficiências defensiva e de armação de jogo. Tem problema no miolo de zaga muito insegura, tem problemas nas laterais que ou é muito verde, ou não passa segurança. Além de uma lentidão numa saída de bola sem qualidade. De destaque certamente Geninho viu Naldinho e Marcio Passos, autores dos dois gols da virada de hoje. 

A torcida e o próprio treinador torcem para que a semana que vem seja de novidades, com gente boa de verdade chegando. 

O ABC volta a campo no próximo domingo pela Copa do Nordeste, quando irá visitar o Imperatirz no Maranhão. O jogo começará as 19:30hs.

Ficha Técnica


ABC 2X1 IMPERATRIZ/MA

GOLS: Denis Moraes/IMP, Naldinho/ABC e Marcio Passos/ABC.

Local: Estádio Frasqueirão, Natal-RN.

Árbitro: Luiz César de Oliveira Magalhães (CE).
Assistente 1: Marcione Mardônio da Silva Ribeiro (CE).
Assistente 2: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE).
4º árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN).

Cartões amarelos: Márcio Passos, Gabriel, Lúcio Flávio, Naldinho (ABC); Dênis, Yerien (Imperatriz)

ABC: Vaná, Erivelton, Gabriel, Jerfeson e Luiz Felipe (Leozinho); Márcio Passos, Zaquel (Bida), Ítalo e Lúcio Flávio; Nando (Naldinho) e Alemão. Técnico: Geninho.

Imperatriz: Lucas, Marquinhos, Guilherme, Malcom e Edson; Anderson (Thaynan), Bruno Rodrigues, Danilo (Otávio) e Rubens; Yerien e Denis (Jean Carlos). Técnico: Pedrinho Rocha.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Com vocação defensiva, Geninho é o novo treinador do ABC


Com o péssimo rendimento de Narciso dos Santos nos primeiros jogos da temporada, a direção do ABC escolheu Geninho para técnico do Mais Querido. Treinador de 68 anos, com uma longa passagem por times de Série A e B, muitos títulos relevantes no futebol, mas uma característica preocupante; gosta de uma retranca como poucos. 

Quem teve o desprazer de assistir aos 10 primeiros jogos (2v, 3e, 5d) do ano sabe que o buraco é mais embaixo. A contratação de Geninho, com todo o seu renome, não pode ser a única atitude da direção de futebol, que precisa efetivamente contratar em todos os setores do time. 

Vamos ver se com Geninho o ABC consegue pelo menos arrumar a retaguarda, que sofreu para conter ataques pouco inspirados. Foram ao todo 12 gols sofridos, sendo que apenas no último clássico a defesa não foi vazada.   

Só resta desejar uma boa sorte. 

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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Apatia geral

O ABC ontem estreou na Copa do Nordeste e manteve a rotina de apatia que tomou conta do time ao não sair do empate de 1x1 contra o Campinense, resultado que, dadas as circunstâncias, ficou barato para o Mais Querido. O jogo foi horroroso, mas se tivesse um vencedor, esse não seria o ABC.

O desalento começou logo na escalação inicial, com um meio-campo esvaziado de criação - Lúcio Flávio foi uma ilha facilmente anulada, já que estava isolado - e um ataque pesado e sem qualquer habilidade - Jones Carioca é brincadeira, e Nando e Alemão eram 2 cones. A esperança de jogadas ofensivas então, dependeria basicamente laterais, mas os garotos da base Jeferson Balinha e Luís Felipe não apoiavam o time nem sob decreto. O gol do ABC saiu no bambo, fruto de um escanteio.

A vitória momentânea não escondia a desarrumação tática e a fragilidade técnica da equipe. O time todo ficava todo atrás, Lúcio Flávio, p. ex., parecia um volante. E as ligações diretas irritaram a torcida, até o empate do Campinense. A partir daí, o juiz poderia abreviar o jogo que não faria a mínima diferença.

As alterações feitas por Narciso - Erivelton no lugar de Alemão e Alvinho no lugar de Jones Carioca - no papel poderiam mudar a cara do time, mas a apatia tomou conta do time todo.

Ao ABC falta poder de reação, falta raça e falta estratégia de jogo.

Narciso vem errando jogo após jogo e é notória sua incapacidade em reverter o quadro.

Além disso, a maioria das contratações feitas foram de atletas muito fracos. Jean Teodoro, Hugo, Amoroso, Jones Carioca, Nando e Gabriel, em seus melhores dias possuem um futebol similar ao de Alvinho e Erivelton. Ou seja, mais uma vez se desperdiça dinheiro para contratar jogadores cuja qualidade técnica é similar aos dos jogadores que já pertencem ao clube.

Mesmo assim, confesso que estou confuso. Diante do histórico recente, uma simples troca de treinador não resolverá a vida do ABC. 

Começo a achar que se trata de um problema bem crônico, que talvez só possa ser resolvido a médio-longo prazo. 

Gustavo Lucena
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Zé Vanildo / FNF: A culpa também é de vocês!

Longe de isentar qualquer responsabilidade de Narciso e atletas pelo desempenho pífio do ABC nesse Estadual, creio que a própria FNF prejudica o trabalho de qualquer clube decente ao confeccionar uma tabela onde se joga toda quarta e domingo.

A Zé Vanildo's League é um torneio troncho. Já tivemos 6 jogos espremidos em 3 semanas, o que inviabiliza qualquer perspectiva de preparar, entrosar e aprimorar um time novo.

E essa maratona insana de jogos é uma das causas que tá matando o já terminal futebol do RN. O futebol seridoense está aí pra testemunhar tamanho descaso.

Os públicos que já eram pequenos, beiram o ridículo, afinal temos jogo toda quarta e domingo e o torcedor não é trouxa, pois já sabe que terá a disposição um produto de péssima qualidade, pra que gastar dobrado para ver 2 partidas mequetrefes por semana, ainda mais sabendo que elas são transmitidas a preço de banana pela TV?

Há anos venho batendo na mesma tecla, o Estadual deveria ser um torneio enxuto, disputado apenas aos domingos, ou, para agradar a TV, deveria haver apenas 1 rodada por semana. Isso ajudaria os times a se prepararem melhor durante a semana e aumentaria a margem para a recuperação dentro da competição. E o tempo de duração da competição seria até maior.

Mesmo diante desse cenário desastroso, reconhecido até mesmo pelos cronistas mais sérios do RN, o dono do cartório do futebol do RN, Zé Vanildo, com o apoio incondicionado dos cronistas mais "popstars" da cidade, acha que está tudo indo as mil maravilhas.

A única muleta que sustenta a Zé Vanildo's League são as vagas na Copa do NE. A competição segue o patamar de suas co-irmãs espalhadas Brasil afora, ou seja, é ridícula. E o futebol do RN decaiu tanto que ousaria dizer, é o pior praticado no Nordeste, e no Brasil inteiro, só supera AP, RR e RO.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Ou o ABC esqueceu, ou fingiu saber

O Alecrim surpreendeu a todos ao vencer o ABC em pleno Frasqueirão, por 1 a 0, gol de Arez. O Alvinegro permanece com seis pontos, os mesmo seis que o Alecrim, na quarta posição do turno.


No caminho de casa para o Frasqueirão, coisa de sete a dez minutos de carro, vinha ponderando o que poderia acontecer no jogo. De cara descartei uma goleada, já que esse ABC ainda não demonstrou nenhuma aptidão especial pelo gol. O Alecrim também não tem essa característica. Imaginei um jogo difícil, por que o Alecrim vinha de vitória e vinha com todos os seus contratados a disposição, diferente da estreia. Imaginei o ABC cansado pós-clássico, principalmente as peças mais veteranas do time, como Lucio Flávio por exemplo. O problema é que fui ao campo com uma certeza, a possibilidade de o ABC entrar de salto alto seria muito grande, foi o que ocorreu. Acho que Narciso não chegou nem a pensar sobre o jogo.

Jogadores como Jones Carioca, Erivelton, Filipe Souza e Luís Felipe, que não dão segurança técnica ao torcedor, entraram em campo como se estivessem desfilando. Inversões de bola estapafúrdias, rebolado, toquinhos de bola e principalmente descaso com os adversários. Bastou o Alecrim apertar a marcação, pouca coisa, que o time todo se desarticulou e entregou a rapadura. 

O gol do Alecrim foi “cópia xerox” do gol que Renatinho Potiguar fez na derrota para Globo. Jogador domina a bola próximo a meia lua e a marcação dando espaço e tempo para o atacante pensar no que fazer, bola no L.

Depois do gol começou o show de horror, tanto em campo quanto no banco de reservas. Narciso logo após o gol realiza a primeira modificação antes do intervalo, sacando Marcio Passos para a entrada de Alemão. Isso faltando minutos para o fim do primeiro tempo, ou seja, podia ter esperado um pouco mais e pensado no que fazer durante o intervalo. Na segunda etapa, com meio time com a língua no pé e sem criar chances de gol, Narciso saca o lateral direito Filipe Souza e coloca Chiclete. Nesse momento, Lucio Flavio já estava pregado, Jones estava morto e Zaquel se desdobrando para dominar os ataques do rival. Com Erivelton de lateral direito e o time já com a moral baixa, Narciso tira o artilheiro do time, Nando e colocou Ítalo. Daí para frente foi um deus nos acuda generalizado, porque o treinador do Alecrim trocou todo o ataque e encurralou o ABC na defesa, apenas utilizando os contra-ataques.  

O que deu para perceber é que o que podia ter dado errado deu, mas eu estou muito calejado das ultimas 5 temporadas, não consigo me empolgar com o ABC, estou com "três" pés atrás com o futebol Alvinegro.

O próximo jogo do ABC será sábado de carnaval em Mossoró contra o Baraúnas no Estádio Nogueirão. O jogo começa às 19:00hs.   

Ficha Técnica


ABC 0X1 ALECRIM

GOLS: Alecrim: Arez.

Local: Estádio Frasqueirão, Natal/RN.

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (CBF).
Assistente 1: Jean Márcio dos Santos (CBF). 
Assistente 2: Francisco de Assis da Hora (CBF).
4º Arbitro: Moises Estevão de Moura Lima (CEAF).

Cartões amarelos: Gustavo Bastos (ABC); Carlinhos (Alecrim)

ABC (0): Vaná, Filipi Sousa (Chiclete), Gabriel, Gustavo Bastos e Luiz Felipe; Márcio Passos (Alemão), Zaquel, Erivelton e Lúcio Flávio; Nando (Ítalo) e Jones.

Alecrim (1): Messi, Felipe Potengi, Geilson, Cleiton e David; Carlinhos, Arez, Piuba (Doda) e Diego Mipibu (Pajé); Tiago (Ronaldinho Potiguar) e Erisson.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Uma grande apresentação

Em grande jogo, o ABC venceu o América por 2 a 0, com gols de Nando e Jones Carioca. O Alvinegro chegou aos seis pontos na tábua de classificação, se aproximando da ponta da tabela mesmo ainda estando em quarto.


Para começo de conversa, vamos tirar o dragão morto da sala para dizer que a vitória do ABC foi justíssima independente de erro de arbitragem no segundo tempo. Isso mesmo, o ABC foi melhor durante todo o jogo e mereceu a vitória de maneira categórica.

O ABC teve um grande impulso para o jogo pois o time teve retornos e estreias de jogadores em relação a derrota para o Globo. Retornaram ao time, Filipe na lateral direita e Zaquel na “volancia”. Estrearam no Campeonato Potiguar o lateral esquerdo Luís Felipe, o atacante Alemão e o meia Lucio Flavio.  Dos estreantes Lucio Flavio era o que causava maior expectativa na galera Alvinegra, mesmo Lucio Flavio tendo pouquíssimo tempo de treinamento com seus colegas de time. O time dito titular nesse momento parece ter boa qualidade já que passou por um teste de fogo no clássico e foi aprovado.

Narciso armou o time do ABC para tirar o adversário de sua zona de conforto. Bloqueou bem o meio de campo, marcando bastante adiantado e permitiu que o adversário utilizasse as laterais, que acabaram se mostrando o ponto mais fraco do rival. Com isso Cascata teve que cair por um lado, Tiago Potiguar por outro congestionando o lado do campo trocar passes entre si. 

Já o Alvinegro teve em Lucio Flávio o seu ponto de apoio, distribuindo bolas com maestria. A bola era recuperada por Marcio Passos e o excelente Zaquel, depois passava por Erivelton/Ítalo até chegar em Lucio que acionava as melhores opções ofensivas. 

O domínio Alvinegro foi tão gritante, que somente após o segundo gol do jogo é que o adversário começou a colocar as manguinhas de fora, já por volta dos 38 minutos do segundo tempo. Isso obviamente por que o time quis recuar para conservar o placar favorável.

Destaque para os jovens que começam a carreira profissional pelo ABC. O lateral Luís Felipe de apenas 17 anos certamente estreou numa fogueira monstra, mas obviamente, mesmo que de maneira conservadora, foi muito bem. Ítalo já vem sendo aproveitado em outros jogos e ontem foi bem também.

Agora fica a expectativa para que o ABC encaixe de vez e comece a brigar definitivamente pelo título do turno.  

Na quarta feira dia 03/02, o ABC recebe o Alecrim no Frasqueirão em horário ingratíssimo. O clássico começará às 21:00hs.

Ficha Técnica


AMÉRICA 0X2 ABC

GOLS: ABC; Nando e Jones Carioca.

Local: Arena das Dunas, em Natal/RN.

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG).
Assistente 1: Flávio Gomes Barroca (CBF).
Assistente 2: Vinicius Melo de Lima (CBF).
4º Arbitro: Tarso Rocha Lula Pereira (CEAF).

América(0): Pantera; Gabriel (Rômulo), Flavio Boaventura, Gustavo e Alex Cazumba; Bruno Renan (Julio Terceiro), Felipe Macena, Reis (Mateuzinho) e Cascata; Luiz Eduardo e Thiago Potiguar. Técnico: Aluísio Moraes.

ABC(2): Vaná; Filipi Souza, Gabriel, Gustavo Bastos e Luiz Felipe; Marcio Passos, Zaquel, Erivelton (Ítalo) e Lucio Flavio; Jones Carioca (Alvinho) e Nando (Alemão). Técnico: Narciso.

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